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Dia Internacional das Mulheres 2025: Celebrando a Força das Mulheres Indígenas pelo Mundo e no Brasil

Acervo: Elvira Alves Saterê Mawé, apresentando um podcast para a Radio Yandê na Rádio Mixtura (SP)

Hoje, 8 de março de 2025, o mundo celebra o Dia Internacional das Mulheres, uma data que ecoa as lutas trabalhistas do início do século XX e que, desde 1975, é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um marco na busca pela igualdade de gênero. Neste ano, o destaque está nas mulheres indígenas, protagonistas na defesa dos direitos humanos, da preservação ambiental e da identidade cultural, mesmo diante de desafios como discriminação, violência e exclusão. Esta matéria resgata a história da data, apresenta quatro líderes indígenas globais — Wilma Mankiller (EUA), Hindou Oumarou Ibrahim (Chade), Rukka Sombolinggi (Indonésia) e Linda Burney (Austrália) — e celebra cinco representantes brasileiras que simbolizam milhares de guerreiras indígenas.

Uma História de Luta e Conquista

O Dia Internacional das Mulheres surgiu no início do século XX, em meio ao fervor dos movimentos trabalhistas. Em 1911, mulheres de países como Áustria, Dinamarca e Alemanha marcharam por sufrágio e condições dignas de trabalho, plantando as sementes dessa celebração. Oficializada pela ONU em 1975, a data se consolidou como um momento de reflexão e mobilização. Em 2025, ganha um significado especial ao iluminar as mulheres indígenas, cujas vozes, frequentemente silenciadas, são essenciais para um futuro mais justo e sustentável.

O Papel das Mulheres Indígenas

Guardãs de tradições milenares, as mulheres indígenas são líderes comunitárias e defensoras incansáveis de seus povos. Enfrentam barreiras como violência de gênero, perda de terras e acesso limitado à educação, mas se destacam como agentes de transformação na luta por direitos e na preservação ambiental. Neste 8 de março, celebramos suas conquistas e amplificamos suas histórias, reconhecendo seu impacto global e local.

Líderes Indígenas Globais

Wilma Mankiller: Pioneira da Nação Cherokee

Wilma Mankiller (1945-2010) fez história nos Estados Unidos como a primeira mulher chefe principal da Nação Cherokee, entre 1985 e 1995. Nascida em Oklahoma e marcada pelo legado do Trail of Tears — a relocação forçada de indígenas no século XIX —, ela se engajou no movimento pelos direitos indígenas em San Francisco antes de retornar à sua terra natal. Sob sua liderança, ampliou serviços de saúde, educação e habitação, quase triplicando as receitas tribais. Premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade em 1998, seu livro Mankiller: A Chief and Her People, um best-seller, continua a inspirar gerações.

Hindou Oumarou Ibrahim: Voz Climática da África

No Chade, Hindou Oumarou Ibrahim, do povo Mbororo, é uma força na luta contra as mudanças climáticas. Fundadora da Associação de Mulheres Peul e Povos Autóctones do Chade (AFPAT) em 1999, ela une saberes tradicionais à ciência moderna para proteger comunidades pastoris. Representou os indígenas na assinatura do Acordo de Paris em 2016 e integra o Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas, usando mapeamento participativo para fortalecer a resiliência local. Seu trabalho rendeu o Pritzker Emerging Environmental Genius Award, evidenciando sua influência global.

Rukka Sombolinggi: Liderança na Indonésia

Rukka Sombolinggi, da etnia Torajan, tornou-se em 2017 a primeira mulher secretária-geral da Aliança dos Povos Indígenas do Arquipélago (AMAN), a maior organização indígena da Indonésia. Formada em agricultura e ciência política, ela começou seu ativismo nos anos 1990 e hoje lidera a defesa de terras, a promoção cultural e o empoderamento feminino. Sua oratória marcante ressoa em fóruns como o Ásia Indigenous Peoples Pact, consolidando-a como referência na luta por direitos na Ásia.

Linda Burney: Marco na Política Australiana

Na Austrália, Linda Burney, da nação Wiradjuri, abriu caminhos como a primeira mulher indígena eleita para o Parlamento de Nova Gales do Sul, em 2003, e para a Câmara dos Representantes federal, em 2016. Formada em ensino, ela criou a primeira Política de Educação Aborígine de NSW e, como ministra, impulsionou reformas comunitárias. Apesar do fracasso do referendo de 2023 sobre a Voz Indígena ao Parlamento, sua trajetória é um símbolo de perseverança e inclusão.

Mulheres Indígenas do Brasil: Representantes de Milhares de Guerreiras

No Brasil, cinco mulheres indígenas destacam-se como vozes de resistência, cada uma representando uma região e milhares de guerreiras em suas lutas por território, cultura e dignidade.

  • Telma Taurepang (Povo Taurepang) – Norte
    De Roraima, Telma coordena a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) e lidera a resistência contra o garimpo ilegal e pela demarcação de terras, sendo um símbolo de força na Amazônia.
  • Leonice Tupari (Povo Tupari) – Centro-Oeste
    Presidente da Associação das Mulheres Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR), Leonice, de Rondônia, protege territórios contra madeireiros e valoriza o papel das mulheres como pilares comunitários.
  • Olinda Tupinambá (Povo Tupinambá) – Nordeste
    Da Bahia, Olinda (Yawar) é cineasta, jornalista e comunicadora. Com produções como Tupinambá – O Retorno da Terra (2020) e dezenas de outros trabalhos, ela amplifica as retomadas de terras e a resistência cultural na Mata Atlântica e Caatinga.
  • Sônia Ara Mirim (Povo Guarani Mbyá) – Sudeste
    Da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, Sônia resiste à urbanização e às ameaças contra a menor terra indígena demarcada do Brasil, representando a luta Guarani em áreas urbanas do Sudeste.
  • Eunice Kerexu (Povo Guarani Mbyá) – Sul
    Do Paraná, Eunice é professora e defensora da educação indígena e da Mata Atlântica, simbolizando a preservação cultural e ambiental no Sul.

Um Legado Global e Local

Wilma, Hindou, Rukka, Linda, Telma, Leonice, Olinda, Sônia e Eunice compartilham um compromisso com a justiça e a sustentabilidade, conectando lutas locais a desafios globais. Seja na preservação de terras, na educação ou na mitigação climática, elas provam que as mulheres indígenas são agentes de mudança. Um detalhe marcante é como, apesar de contextos distintos, suas ações convergem para causas comuns, como a proteção ambiental e o empoderamento feminino.

Um Chamado à Ação

Neste 8 de março de 2025, o Dia Internacional das Mulheres celebra a resiliência dessas líderes e nos convoca a apoiar a luta por igualdade. Wilma Mankiller, Hindou Oumarou Ibrahim, Rukka Sombolinggi, Linda Burney e as brasileiras Telma, Leonice, Olinda, Sônia e Eunice representam milhões de mulheres indígenas cujas histórias merecem ser contadas. Que esta data inspire passos concretos rumo a um mundo onde todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas.

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Redação Radio Yandê

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