var playercloud = "#playerCloud";

O player não pôde ser carregado. Acesse diretamente pelo nosso Instagram: Rádio Yandê.

O player requer que o JavaScript esteja habilitado. Ative o JavaScript no navegador para ouvir a Rádio Yandê.

Minhas Raízes”: O Rap Indígena de Carlos CGH que Ecoa a Cultura Triqui no Sul do México

Oaxaca – México | A música tem sido uma ferramenta poderosa para a resistência e afirmação das culturas indígenas, e o rapper triqui Carlos CGH, natural de San Juan Copala, Juxtlahuaca, Oaxaca, leva essa missão adiante com seu primeiro álbum, “Minhas Raízes” (Mis Raíces). A obra é um manifesto sonoro que mistura a pulsação (beat) do rap contemporâneo com as tradições do povo Triqui, trazendo à tona a força e a identidade de um dos povos originários do México.

Lançado recentemente, o álbum conta com 12 faixas que combinam batidas urbanas com elementos tradicionais da cultura triqui, como referências à sua língua materna e ritmos ancestrais. Canções como “El Colibrí” e “Huajuapan de León” destacam não apenas a musicalidade, mas também a necessidade de manter viva a memória e os saberes indígenas.

Uma Apresentação Coletiva de Força e Identidade

O lançamento de “Minhas Raízes” aconteceu na Comitiva Patronal de la Imagen, um espaço dedicado a promover uma nova estética comunitária na cidade de Oaxaca, reunindo artistas indígenas comprometidos com a valorização de suas raízes. Ao lado de Carlos CGH, marcaram presença nomes como Una Isu, rapper da região Mixteca que reside na Califórnia (EUA), o DJ Alejandro Flores e a cantora e compositora Jta Fatee, da etnia Mazateca.

Além da música, a identidade visual do álbum também se conecta à estética indígena. O design gráfico foi criado por Daluu Miranda, reforçando a conexão entre arte, identidade e memória.

Design Gráfico: Daluu Miranda

Rap em Língua Triqui: Resistência e Preservação Cultural

Carlos CGH usa o rap como um canal de expressão e preservação da cultura Triqui, um povo indígena que, além dos desafios históricos enfrentados, luta pela continuidade de sua língua. Suas letras mesclam espanhol e triqui, buscando despertar o interesse das novas gerações e garantir que essa identidade não se perca.

A relação de Carlos com a música começou cedo. Aos 12 anos, ele já atuava como percussionista em uma banda local e, em 2013, começou a se dedicar ao rap, inspirado pelo cenário musical de Huajuapan de León, cidade onde cresceu. Para ele, a arte é mais do que entretenimento: é um instrumento de luta e resistência.

Além das composições, suas apresentações também trazem elementos visuais e culturais marcantes, como o uso do “gabán”, vestimenta tradicional triqui, e performances que incluem danças típicas, como “El Baile del Diablo”.

Reconhecimento e Turnê pelo México

O impacto do trabalho de Carlos CGH já rendeu reconhecimento. Em 2023, ele recebeu o prêmio nacional “Tradição e Novas Musicalidades”, que destaca artistas comprometidos com a valorização da identidade indígena. Atualmente, o rapper está em turnê pelo estado de Oaxaca, com apresentações programadas em cidades como Heroica Ciudad de Tlaxiaco e Santiago Juxtlahuaca.

Seu trabalho reflete a crescente cena do rap indígena no México, que tem ganhado cada vez mais espaço como um meio de fortalecer as vozes dos povos originários. Através de suas letras e ritmos, Carlos CGH não apenas denuncia a opressão histórica, mas reafirma que a cultura indígena está viva, pulsante e em constante reinvenção.

Para acompanhar mais sobre seu trabalho e ouvir “Minhas Raízes”, acesse seu canal no YouTube:

Carlos CGH || A Voz da Minha Terra || FT JTA FATEE || Álbum Minhas Raízes || 2024.

Por: Redação Rádio Yandê e Pablo Pérez Ángeles, é um jornalista da etnia Zapoteca. Escreve sobre cultura no México e no Brasil. É correspondente da Rádio Yandê para o sul do México. | Instagram: @pablo_zapoteca

#RapIndígena, #CarlosCGH, #MinhasRaízes, #RapTriqui, #CulturaIndígena, #HipHopIndígena, #HipHop, #PovosIndigenas, #MúsicaIndígena, #ResistênciaIndígena, #Oaxaca, #SanJuanCopala, #LínguasIndígenas, #TradiçãoEInovação, #RapMexicano, #Triqui, #ArteIndígena, #IdentidadeIndígena, #Musica, #Cultura, #MúsicaDeResistência, #HipHopLatino, #RapConsciente, #NovaEstéticaIndígena, #DJAlejandroFlores, #UnaIsu, #JtaFatee, #DaluuMiranda, #ComitivaPatronalDeLaImagen, #MisRaíces, #RapDeLuta, #Rap

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.