Valorizar a diversidade: impulsionar o empreendedorismo indígena no país
O empreendedorismo indígena é uma atividade que enfrenta inúmeros desafios no Brasil. Além de obstáculos econômicos e de acesso a recursos, a discriminação enraizada na sociedade brasileira também prejudica o sucesso e a expansão das atividades empreendedoras desenvolvidas pelos povos indígenas.
O racismo estrutural é uma das principais formas de opressão enfrentadas pelos empreendedores indígenas no país. A falta de acesso a políticas públicas específicas, linhas de crédito e outras formas de financiamento, juntamente com a falta de reconhecimento da importância dos saberes, conhecimentos tradicionais dos povos indígenas para a economia e para a preservação ambiental, são algumas das manifestações de racismo que prejudicam o desenvolvimento econômico dessas comunidades e ignoradas pela justiça e #organizaçõesraciais no #Brasil.
Para superar esses obstáculos, é essencial que haja uma mudança na maneira como a sociedade brasileira enxerga e valoriza os povos indígenas.
A valorização do empreendedorismo indígena não deve ser vista apenas como uma questão de justiça social, mas também como uma oportunidade para o desenvolvimento econômico e a #preservaçãoambiental.
A promoção do empreendedorismo indígena pode ser um caminho importante para fortalecer a #economia dessas comunidades e alcançar os #ObjetivosdeDesenvolvimentoSustentável da #Agenda2030 da #ONU. As #políticaspúblicas e iniciativas privadas que incentivem e valorizem o empreendedorismo indígena podem contribuir para a redução da pobreza e da desigualdade, além de promover a #sustentabilidade e o respeito aos #direitoshumanos.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que têm mais potencial para promover o empreendedorismo indígena incluem a erradicação da pobreza, o trabalho decente, sem a escravidão indígena invisibilizada e crescimento econômico, a redução das desigualdades, o consumo e produção responsáveis, e a paz, justiça e instituições eficazes.
A seguir, serão explicados como alguns desses #ODS podem contribuir para potencializar o #empreendedorismoindígena e tirar os povos indígenas da invisibilidade.
ODS 1 – Erradicação da pobreza: A pobreza é um dos principais obstáculos ao desenvolvimento econômico dos povos indígenas. Políticas públicas que visam a redução da pobreza, como o #ProgramaBolsaFamília, podem ajudar a garantir um mínimo de segurança financeira e alimentar para as famílias indígenas, permitindo que elas invistam em atividades empreendedoras.
ODS 4 – Educação de qualidade: A #educação é fundamental para a promoção do empreendedorismo indígena, pois possibilita o acesso a conhecimentos técnicos e gerenciais necessários para a gestão de negócios. Além disso, a educação pode contribuir para o fortalecimento da identidade cultural dos povos indígenas e para a valorização de suas tradições, saberes e conhecimentos.
ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico: O ODS 8 inclui metas específicas para a promoção do empreendedorismo e do desenvolvimento econômico. Políticas públicas que incentivem a criação de cooperativas e outros modelos de negócios coletivos, bem como o acesso a financiamentos e tecnologias, podem contribuir para o desenvolvimento do empreendedorismo indígena.
ODS 10 – Redução das desigualdades: A redução das desigualdades é um dos principais objetivos dos ODS e é especialmente relevante para nós povos indígenas, que historicamente têm sido marginalizados e discriminados. Políticas públicas que visam a redução das desigualdades, como a demarcação de terras indígenas e a promoção de políticas de reparação histórica, podem contribuir para a valorização e o fortalecimento dos #povosindígenas e para o desenvolvimento do empreendedorismo.
ODS 12 – Consumo e produção responsáveis: A valorização do empreendedorismo indígena pode contribuir para a promoção de práticas de consumo e produção responsáveis, baseadas na utilização sustentável dos recursos naturais e na preservação dos ecossistemas.
O desenvolvimento de negócios indígenas que valorizem a biodiversidade e a cultura dos povos indígenas pode estimular a produção de produtos orgânicos, artesanais e de baixo impacto ambiental. Além disso, esses empreendimentos podem promover a geração de empregos e renda nas comunidades locais, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e autonomia das regiões onde estão inseridos.
Para que o empreendedorismo indígena seja valorizado e incentivado, é necessário que haja políticas públicas que reconheçam e valorizem a cultura e os conhecimentos e saberes tradicionais dos nossos povos. Além disso, é importante que haja uma conscientização da sociedade em geral sobre a importância da preservação da biodiversidade e dos ecossistemas em todos o biomas brasileiro, e sobre como o consumo responsável pode contribuir para esse objetivo.
Nesse sentido, a implementação do ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis – é fundamental para o fortalecimento do empreendedorismo indígena e para a promoção de práticas sustentáveis de consumo e produção. O ODS 12 tem como objetivo assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis, promovendo a eficiência no uso de recursos naturais e a redução dos impactos ambientais.
Ao valorizar o empreendedorismo indígena e promover práticas de consumo e produção responsáveis, podemos contribuir para a construção de um mundo mais justo, #sustentável e inclusivo, onde a #diversidade #cultural e biológica seja valorizada e respeitada.
É fundamental que os setores público e privado, a sociedade brasileira e as instituições de ensino e pesquisa trabalhem juntos para combater o racismo estrutural e promover o #empreendedorismo indígena. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais justa e equidade para todos.
“Seja um bom ancestral hoje!”
Anápuàka M. Tupinambá Hã hã hãe | Instagram: @anapuakatupinamba
CEO Rádio Yandê, Mani Bank, Yandê Store & Yby Festival
