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Curiosidades da toponímia das línguas indígenas

Explorando os Nomes Geográficos das Línguas Indígenas

Mas afinal, o que é essa tal toponímia das línguas indígenas? A toponímia das línguas indígenas se refere ao estudo e compreensão dos nomes geográficos (topônimos) usados pelas diferentes comunidades indígenas ao redor do mundo.

Importância da Toponímia Indígena

O estudo da toponímia indígena é relevante para preservar a diversidade linguística e cultural, além de compreender a história e o conhecimento tradicional dessas comunidades. Além disso, a toponímia indígena pode ser usada como uma ferramenta para revitalizar e valorizar as línguas indígenas, que frequentemente estão ameaçadas de extinção e as tradições dos povos indígenas.

Diversidade Linguística Indígena no Brasil

Dentre a ampla diversidade linguística indígena no Brasil, como curiosidade são apenas 25 povos indígenas têm mais de cinco mil falantes de suas línguas: Apurinã, Ashaninka, Baniwa, Baré, Chiquitano, Guajajara, Guarani (Ñandeva, Kaiowá, Mbya), Galibi do Oiapoque, Ingarikó, Huni Kuin, Kubeo, Kulina, Kaingang, Mebêngôkre, Macuxi, Munduruku, Sateré Mawé, Taurepang, Terena, Ticuna, Timbira, Tukano, Wapichana, Xavante, Yanomami e Ye’kwana.

A Influência das Palavras Indígenas na Geografia do Brasil

As palavras indígenas exercem uma forte influência na geografia do Brasil, especialmente nos nomes de lugares, rios, montanhas e outros elementos geográficos. A toponímia, que estuda a origem e o significado dos nomes de lugares, revela que muitos municípios, cursos d’água, elevações e outras localidades têm denominações de origem indígena. As culturas indígenas estão profundamente entrelaçadas com a história e a geografia do Brasil, e diversos nomes indígenas têm sido preservados ao longo do tempo até os dias atuais.

Alguns exemplos de palavras indígenas comuns toponímia na geografia brasileira são:

Rio Amazonas: “Amazonas” é uma palavra de origem tupi-guarani que significa “barco de nariz afilado”. O rio Amazonas é o maior rio do mundo em volume de água e possui uma bacia hidrográfica que abrange diversos países da América do Sul.

Você sabia que o rio Amazonas, além de ser o maior e mais extenso rio do mundo, também recebe diferentes nomes ao longo do seu caminho? É incrível como um único rio pode ter tantas denominações!

Vamos começar pelo Peru, onde o rio Amazonas tem sua nascente. Lá, ele é chamado de Vilcanota, em referência ao vale de Vilcanota, na província de Qanchis. Mas a diversidade de nomes não para por aí! Conforme segue seu curso, o rio recebe outros nomes especiais.

Quando passa pelo Peru, ele é chamado de Ucaiali, uma palavra que combina o quéchua com a língua Pano. Uca significa “sujo” ou “escuro” e yali significa “torrente que corre” ou “rio”. Então, Ucaiali pode ser traduzido como “rio sujo”. E tem mais um nome interessante: Urubamba, que vem do tupi e significa uma variedade de palmeira.

Agora, vamos para o Brasil. Quando o rio entra em nosso país, no município de Tabatinga, ele passa a se chamar Solimões. Esse nome é uma referência a uma nação indígena que habitava as proximidades do rio Juruá até o século XVII. E aqui vem uma singela curiosidade extra: antes de se chamar Manaus, a cidade que fica às margens do rio Amazonas era chamada de Barra do Rio Negro. Somente em 1856, o nome foi alterado para Manaus, em homenagem a um grupo étnico indígena “Manaô”, significa “mãe dos deuses”. uma população de povos indígenas que viviam na região.

E então, somente quando o rio Amazonas encontra as águas do rio Negro é que ele recebe o seu nome mais conhecido e famoso: rio Amazonas. ‘Palavras que vêm das línguas de povos originários batizam 37,4% das cidades. Amazonas é o estado com a maior proporção.

Não é fascinante descobrir como um mesmo rio pode ter tantos nomes diferentes ao longo de sua jornada? Essa diversidade cultural e linguística torna o nosso mundo ainda mais interessante!

Rio Tietê: “Tietê” é uma palavra de origem tupi que significa “rio verdadeiro”. O rio Tietê é um importante curso d’água do estado de São Paulo.

Você sabia que os rios podem ter nomes diferentes em diferentes lugares? É verdade! Um exemplo disso é o rio Tietê, que fica no estado de São Paulo. O Tietê é um rio muito importante e conhecido, mas ele recebe outros nomes em algumas regiões por onde passa.

Imagine que você tem um amigo chamado Severino, mas em outra cidade ou estado ele é conhecido como Bil. O nome é diferente, mas ainda é a mesma pessoa, certo? Com os rios, acontece algo parecido. O Tietê é chamado assim em algumas partes, mas em outras ele recebe o nome de Anhembi.

Por exemplo, antigamente, desde a nascente até a cidade de Salto de Itu, o rio Tietê era chamado assim. Mas depois dessa cidade, quando o rio passa por uma cachoeira, ele passa a ser chamado de Anhembi. É como se ele ganhasse um novo nome ao longo do seu percurso.

Isso acontece porque as margens do rio são habitadas por diferentes comunidades, que vivem em lugares diferentes. Cada uma dessas comunidades deu um nome especial para o rio, de acordo com a região em que vivem. Mas todos eles falam a mesma língua.

É interessante observar como os elementos geográficos, como os rios, podem ter diferentes nomes, dependendo do lugar em que estão. Essa diversidade cultural e geográfica é o que torna nosso mundo tão rico e interessante!

Então, da próxima vez que ouvir falar do rio Tietê ou Anhembi, lembre-se de que eles são o mesmo rio, com nomes diferentes em diferentes lugares. É como se ele tivesse apelidos especiais em cada comunidade que encontra ao longo de seu caminho.

Foz do Iguaçu : “Iguazu” é uma palavra de origem tupi-guarani que significa “água grande”. As Cataratas do Iguaçu são uma das maiores atrações turísticas do Brasil, localizadas na fronteira entre o Brasil e a Argentina.

Paraná: É um estado localizado na região sul do Brasil. Seu nome tem origem na língua tupi, significando “como o mar” ou “parecido com o mar”. Além disso, o Paraná também é o nome de um dos maiores rios do país, que atravessa boa parte do estado. A denominação faz referência às grandes proporções e imponência desse curso d’água, lembrando a grandiosidade do mar.

Itaquaquecetuba: Cidade do estado de São Paulo, cujo nome em tupi significa “lugar de abundância de taquaras cortantes como facas“. Através da junção dos termos ta’kwar/taqua (taquara), kysé/quicé (faca) e tyba/tuba (ajuntamento ou lugar abundante em). O termo formou-se por taquaquicé-tuba, o que, posteriormente, proveu o nome Itaquaquecetuba, adotado pelo padre jesuíta, José de Anchieta, no período da invasão colonizatória portuguesa.

Ipanema: Bairro famoso do município do Rio de Janeiro, cujo nome em tupi significa “água ruim, lagoa fedorenta”.

Jacarepaguá: Também um bairro da cidade do Rio de Janeiro, cujo nome significa “lagoa dos jacarés” em tupi.

Guarulhos: Cidade de São Paulo, cujo nome vem do tupi e significa “lugar de muitos guarus”, sendo o Guaru (Poecilia vivipara) um tipo de peixe com nome popular de: Guaru, Guppy, Barrigudinhos, Bandeirinha, Bobó, Cospe-cospe, Peixinho-de-vala, Bandeirinha, Sarapintado, Barrigudinho-mexicano, Mexicano, Frogoió, Gargarú, Gargaú, Lebistes, Lepistes, Sarapintado, Sardinita.

Outra versão pressuposta que o  nome de acordo com o historiador não indigena João Ranali, “Guarulhos é originário de ‘gu-aru-bo’, que significaria ‘trazidos ou melhor no bom portugues escravizados’, isto é, que teriam indo para Guarulhos pelas mãos dos jesuítas. Mas, restaria saber se as dezenas de aldeias dos Guarulhos, disseminadas por vasta área do território brasileiro, se todas elas foram ‘escravizadas ’ de algum lugar. Para Moreira Pinto, Guarulhos era o nome que os portugueses atribuíram aos indígenas que habitavam todo o território compreendido entre as margens dos rios São João, São Pedro e Macaé.

Em Guarulhos, de acordo com o censo de 2010 (podendo ter ocorrido um aumento na população indigena e grupos étnicos no último censo de 2022 do IBGE), reside uma população de 1.434 indígenas, espalhados por todo o território do município em 14 povos: Pankararé, Pankararú, Wassu Cocal, Tupi, Kaimbé, Guarani, Geripanko, Guajajara, Xavante, Pataxó, Tupinambá de Olivença, Xucuru, Terena e Tabajara.

Araraquara: Cidade do interior de São Paulo, o nome Araraquara, em tupi, significa “morada das araras”. É uma combinação das palavras “arara” que se refere a uma espécie de ave colorida, e “quara” que significa “refugio”, “morada” ou “casa”. Então, Araraquara significa literalmente “casa das araras” ou “morada das araras”.

Curitiba: Capital do estado do Paraná, cujo nome em tupi Curitiba significa “muitos pinheiros”.

Para obter mais informações sobre línguas indígenas específicas e sua distribuição, você pode consultar os seguintes links:

Redação: Rádio Yandê

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